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Postado em 13 de agosto de 2014 Por Em Tecnologia E 6758 Visualizações

Gentileza gera Gentileza

 

Gentileza

 

 

A palavra gentileza é definida, no Dicionário Informal, da seguinte maneira:

Qualidade ou caráter de alguém nobre, generoso. Capacidade de perceber uma necessidade de alguém e (ou) retribuir algo que lhe foi feito, sem ser pedido. Ou seja: ter educação é ser gentil.

Lista como sinônimos: Delicadeza, cortesia, amabilidade, cordialidade.

 

 

Lembro dessa frase, que apareceu pela primeira vez em uma campanha para humanizar o trânsito no extinto estado da Guanabara, onde nasci e fui criado. Estávamos no final dos anos 60, início da década de 70. Como ainda não guiava automóveis, pude prestar atenção às pequenas gentilezas que motoristas faziam para com outros motoristas, ou pedestres. Os gestos eram raros, mas quando surgiam, provocavam imediatamente um sorriso e um agradecimento. Logo a seguir começaram a aprecer as poesias e versos do “poeta-profeta” Gentileza, nas colunas dos viadutos no Rio de Janeiro (veja a foto mais abaixo).

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A ideia era essa: se você “recebeu” uma gentileza, iria fazer uma gentileza para outra pessoa; uma espécie de “pirâmide de gentilezas” poderia assim humanizar o trânsito.

Já se vão quase 50 anos dessa época, e eis que a frase surge novamente, como que resgatada do fundo do baú. A lembrança aconteceu porque parei na faixa de pedestres para um transeunte, que iniciou a travessia, fez uma pausa e, se virando, me agradeceu com um aceno e um sorriso. (Nessa hora veio um motoqueiro que não pensou em parar, passou “raspando” ao lado do meu carro e quase se chocou com o pedestre, que apenas tratou de sair logo do meio da rua). Antes que pudesse reagir, já estavam buzinando atrás de mim e portanto eu também, tratei de sair logo do meio da rua!

O fato me levou a pensar, mais tarde, e passei novamente a observar as reações das pessoas ou motoristas a quem é feita uma gentileza. De forma geral, as pessoas continuam com a mesma reação que a 50 anos atrás: sorriem e agradecem. Mas há mais um componente agora: algumas pessoas se espantam! Se você dirige a palavra a eles então, chegam a desconfiar de sua intenção, sentem que algo está errado..

A vida nos tempos atuais parece ter exigido das pessoas que abandonem valores em favor de compromissos assumidos com metas de trabalho, metas pessoais, horários a cumprir, problemas a resolver, e mais uma parafernália de assuntos e coisas que carregamos nos ombros já recurvados. Não há tempo para parar. Nem por um instante!

Quando vejo as pessoas em suas rotinas diárias, testas franzidas e expressões sérias e carrancudas, lembro da frase de Dalai Lama que diz algo assim: “O que mais me espanta nos homens ocidentais  é que perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensar ansiosamente no futuro, esquecem do presente de forma que acabam por não viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido.”

Proponho uma trégua. Que tal tirar o pé do acelerador e abrir bem os olhos, olhar bem á volta e enxergar os milagres que Deus coloca ao nosso alcance todo dia? Na flor que desabrocha, no canto do Sabiá, no olhar de seu animal de estimação..

Outro dia na televisão, os apresentadores sugeriram que as pessoas fizessem elogios a alguém (e os mandassem pela internet). Adorei a ideia! Fazia mesmo um bom tempo que não elogiava minha esposa..

Sim, gentileza gera gentileza! Experimente! No trânsito, procure dar passagem ou parar para um pedestre. Leve flores para ela (ou para ele!). Abra a porta para senhoras, dê seu assento no ônibus ou no metrô. Acredite: fazer isso vai te fazer se sentir muito bem! Fique alerta e procure uma oportunidade para ser gentil com alguém, e veja o que acontecerá: logo será sua vez, e alguém será gentil com você.

Obrigado por ter me acompanhado até aqui!

Ah sim! E tenha um excelente mês!